terça-feira, 9 de outubro de 2012

Clone de um Salto!

Acordei todo injuriado. Todo suado. Tive um sonho esquisito e bem corrido. Coisa que só pode acontecer em outro mundo, lá do outro lado.

Fui parar na delegacia para falar com o delegado, tinha um encontro marcado. Não é que eu me encontrei com a safada, ali de pé, logo ao lado? Ao vê-la tive um troço, fiquei todo engasgado, mas eu não tive dúvida. Era ela, toda nua. O que fazia aqui a ladra? Quis pular no seu pescoço, torcer todo o seu corpo. Com toda essa raiva conseguiria sem muito esforço.

Eu sabia, dentro da bolsa dela estava o meu celular clonado. Perguntei para ela, quem é clone de quem aqui minha senhora? Ficou muda, a velha descarada. Clones existem aos montes, aqui e ali, eu refleti.

Os guardas ainda ficaram lá, me olhando sem piscar. Sem entender nada. Pensando o louco ser eu, de certo, ou que a dona era digna de comigo estar casada. Só poderia ser brincadeira toda essa marmelada. Ela veio para reclamar (maus tratos... me danei). Não vou pagar pensão. Isso, não.

Digo a vocês aqui presentes, ela ficou do lado da porta, inerte, com cara de gatuna esperta, fazendo charme, jogou a bolsa para o delegado. De fato, ele ficou ali também parado. Não entendeu nada, mas viu que ela queria meter a mão na grana, minha ou dele. A que vier primeiro. Delegado é abonado, que seja ele o primeiro.

Gritei bem alto: “roubou meu celular, roubou meu celular”. Segura a ladra, ladrão, guarda e delegado. Que droga, os policiais não se mexem. Sim, ela roubou meu telefone e agora o discurso é que ela queria apenas clonar. Como podem acreditar?

Se eu te pego na esquina, vou te acertar um pé na bunda, mas como te encontrei na delegacia, vou te dar um tapa na fuça. A descarada ainda ousou dizer uma calúnia, pegou um dos guardas para cristo.

No final das contas, nada de me ajudarem. Dois deles ali parados mais o delegado. Grito “assalto em Salto” e em um salto só eu passo por cima do balcão e recupero a bolsa. Quero colocar meu telefone no seu devido lugar que é no meu escutador ou no meu bolso. Isso aqui minha querida, velha sacana, safada e pervertida, é para EU falar e alguém escutar.

Pulei mesmo, peguei a bolsa e corri. Os guardas até entenderam, seguraram a moça e eu consegui fugir. Logo mais, daqui a pouco, eu volto a dormir.


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